Em 17 de agosto de 2012, o candidato do PSDB a prefeito de
São Paulo, José Serra, criticou o kit anti-homofobia criado e produzido a pedido
do Ministério da Educação, mas que acabou sendo vetado pela presidente Dilma
Rousseff (PT), em 26 de maio de 2011. Serra afirmou que o ex-ministro da
Educação, Fernando Haddad (PT), seu adversário na disputa pela prefeitura
paulista, deve explicações sobre a elaboração do material de combate ao
preconceito a homossexuais.
José Serra, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo. |
Questionado sobre o assunto em entrevista à rádio Jovem Pan, na manhã de
quinta-feira (16/08), o prefeitável tucano disse que o kit que seria usado
contra a homofobia na rede pública de ensino tinha “aspectos ridículos e
impróprios”. “Não quero nem entrar em detalhes, porque vão dizer que eu estou
introduzindo (o tema na campanha), mas (o “kit gay”) tinha aspectos ridículos e
impróprios para passar para crianças pequenas”, afirmou.
Apesar de dizer que não pretende apresentar o tema durante a campanha, o tucano
ligou diretamente Haddad à criação do material. “Quem fez foi o Ministério da
Educação quando Fernando Haddad era titular, então é natural que cobrem isso na
campanha. Ele é quem tem que se explicar, não são os outros candidatos”, disse
o candidato do PSDB.
Ainda na entrevista, José Serra afirmou que o popularmente chamado de “kit
gay”, elaborado por uma ONG a pedido do Ministério da Educação, era uma “via
errada” de combate ao preconceito. “(O kit gay) foi considerado um equívoco,
tanto que a presidente (Dilma Rousseff) retirou quando tomou conhecimento. Não
era apenas combate ao preconceito, era uma via errada.”
Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo. |
Haddad disse que recebeu os comentários como um “elogio” a Dilma que vetou a
distribuição do material nas escolas. Para o prefeitável petista, a decisão da
presidente foi acertada naquele momento. “Acho que é a primeira vez que ele
elogia algo que a Dilma tenha feito”, disse Haddad. O candidato do PT, no
entanto, não gostou dos adjetivos usados pelo tucano para qualificar o kit, que
seriam “um desrespeito” ao trabalho da ONG que o produziu. [Com informações da Agência Estado]
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