Em meados de 2011, o Ministério da Educação do Governo do Brasil planejava distribuir seis mil (6.000) kits do projeto "Escola Sem Homofobia" (Kit Anti-Homofobia) nas
escolas públicas brasileiras, mas recuou em maio do ano passado, após a bombástica coletiva da presidente Dilma Rousseff (PT), em 26 de maio de 2011, vetando a distribuição do material às escolas do País.
Encomendado pelo Ministério de Educação (MEC) na gestão do ministro Fernando Haddad, hoje candidato do PT à prefeitura de São Paulo, o Kit Anti-Homofobia nas Escolas vai ser alvo de "diligências" e "medidas saneadoras" do Tribunal de Contas da União (TCU). As medidas foram impostas pelo ministro José Jorge, no parecer em que ele considera "insatisfatória" a explicação da pasta quanto à destinação do kit anunciado como meio de combater a discriminação contra os homossexuais.
Encomendado pelo Ministério de Educação (MEC) na gestão do ministro Fernando Haddad, hoje candidato do PT à prefeitura de São Paulo, o Kit Anti-Homofobia nas Escolas vai ser alvo de "diligências" e "medidas saneadoras" do Tribunal de Contas da União (TCU). As medidas foram impostas pelo ministro José Jorge, no parecer em que ele considera "insatisfatória" a explicação da pasta quanto à destinação do kit anunciado como meio de combater a discriminação contra os homossexuais.
O Ministério de Haddad planejava distribuir seis mil kits nas escolas públicas,
mas recuou em maio do ano passado por determinação da presidente Dilma
Rousseff. Ela alegou, na ocasião, que achava o material "impróprio" e
que não cabia ao governo fazer "propaganda de opção sexual".
No parecer aprovado na quarta-feira, o ministro José Jorge aponta o prejuízo
acarretado ao erário pela inutilização de parte de um programa avaliado em R$
800 mil. Ele questiona o que foi feito das cartilhas e vídeos do kit.
"Penso que o prejuízo ou dano ao erário está configurado ao menos em
relação aos gastos públicos realizados na criação/confecção do referido
material, estimado em aproximadamente R$ 800 mil", afirma. O ministro
lembra que o governo suspendeu a distribuição do material por entender que ele
"não estava adequado aos professores e estudantes".
José Jorge entende que, diante da ausência de justificativa técnica para a
suspensão da distribuição do material, duas hipóteses se apresentam: ou a
análise e aprovação do projeto de criação do kit não seguiu ou não se alinhou
às diretrizes e aos critérios definidos pelo governo federal na condução da
política educacional; ou os agentes públicos encarregados da análise e
aprovação do projeto não levaram em conta as orientações dos escalões
superiores, atraindo para si a responsabilidade pela realização das despesas.
O ministro informa no parecer que os técnicos do TCU consideraram que a
"resumida" informação do Ministério da Educação poderia ser
"indícios" da possibilidade de utilização do material em outra
finalidade. "No entanto, esta possibilidade constitui mera suposição, por
não haver comprovação nos autos da destinação a ser dada ao material". Ele
diz esperar que as diligências e medidas saneadoras identifiquem o que foi
feito com o Kit Anti-Homofobia. [Com informações da Agência Estado - 16/08/2012.]
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